O tema é polêmico e sabemos disso. De um lado, desenvolvedoras utilizam o apelo de “mulheres com pouca roupa” para conquistar a atenção de público gamer, muitas vezes escondendo o fato de que o jogo nem é tão interessante assim. Em contrapartida, muitos jogadores “embarcam” no material promocional e ajudam a fortalecer o “hype”, popularizando games que provavelmente não seriam tão bem-sucedidos sem essa pequena “ajuda”.
Aliás, o assunto tem estado na pauta de diversos sites gamers na atualidade, especialmente por conta da série de vídeos feita por Anita Sarkeesian. O trabalho é intitulado “Tropes vs. Women in Video Games”, e trata-se sobre a maneira como o gênero feminino é explorado no mundo dos jogos. A série de vídeos divide opiniões entre os gamers, mas inegavelmente trouxe à discussão à tona.
Mas como encontrar o ponto certo entre uma sensualidade que agrega elementos a um jogo e imagens desnecessárias que apenas utilizam cenas de mulheres com pouca roupa para chamar a atenção? Listamos aqui uma série de títulos que, de alguma forma, surfaram ou foram acusados de surfar nesta onda. Você classificaria o uso da sensualidade feminina neles como normal ou exagerada?
Catherine
Puzzles de plataforma não estão entre os gêneros mais populares entre os usuários. Entretanto, é possível se destacar nesse segmento e o game Catherine (disponível para Xbox 360 e PlayStation 3) é uma prova disso. Sim, o jogo é divertido, insano e traz uma trama repleta de reviravoltas, elementos que por si só já seriam suficientes para recomendarmos que você visitasse o título.
Entretanto, é nas cenas picantes apresentadas no título que reside boa parte de sua propaganda. A desenvolvedora Atlus não economizou em imagens que incitam o erotismo, tanto que até mesmo a arte das capas foi censurada em alguns países. Fica a pergunta: sem esse apelo (que nesse caso até é parte da trama), o jogo teria feito o mesmo sucesso?
Tomb Raider
Lara Croft talvez seja a personagem mais emblemática de todas. Sucesso absoluto na década de 90 – o que a levou a virar dois filmes em Hollywood –, a musa da antiga Eidos conquistou uma geração não apenas pelos seus atributos, mas também pela qualidade dos jogos. Entretanto, à medida que o sucesso aumentou, os decotes e as roupas de Lara diminuíram.
Com o passar do tempo, nem mesmo esses atributos foram suficientes para manter as boas vendas em títulos com qualidade questionável. No ano passado, Lara voltou com tudo em Tomb Raider, para PC, PS3 e Xbox 360, e, embora mantivesse o seu estilo sexy, foi representada de forma mais séria. A qualidade do jogo também ajudou e, com isso, Lara retomou o posto de musa dos games.
Dead or Alive
Mulheres de biquíni lutando. Esse simples resumo define bem o que representa a série Dead or Alive para o mundo dos games. E, para muitos jogadores, não é preciso mais do que isso para que o game se torne “interessante”, digamos assim. Trailers promocionais e o material de divulgação do jogo sempre foram baseados no visual das musas lutadoras.
OneChanbara
Outro jogo que abusou da possibilidade de mostrar mulheres em poses sensuais é o japonês Onechanbara Z2: Chaos. Em um vídeo de pré-venda do game a desenvolvedora lançou um polêmico vídeo mostrando as moças usando como “roupa” uma banana no meio das pernas, cobrindo as partes íntimas, e morangos para cobrir os mamilos.
A personagem principal caça zumbis, mas usa biquíni, chapéu e uma Katana para essa tarefa. Sem dúvida, essas provavelmente não são as roupas mais apropriadas para entrar em combate com mortos-vivos, não é mesmo?