O JPEG é um formato de imagem bastante flexível: você pode escolher exatamente o nível de compressão ao salvar um arquivo em softwares especializados. A contrapartida é que, quanto menor o tamanho do arquivo, pior será a qualidade: trata-se de uma compressão com perdas, diferente do PNG, por exemplo, que diminui o espaço ocupado pelo arquivo, mas mantém todos os detalhes de cores.
Qual a mágica do Guetzli? Se você gostou de Silicon Valley, provavelmente vai se interessar por isso. Como informa o Google, a compressão de um arquivo JPEG depende de algumas etapas: transformações de espaço de cores (que é um modelo matemático para descrever cores), transformada discreta de cosseno (também adotada em outros formatos, como MP3) e quantização.

O principal culpado pela queda de qualidade no JPEG é o processo de quantização, que basicamente pega uma série de dados desordenados e organiza tudo em dados ordenados, que são mais fáceis de comprimir. Quanto mais agressivo for esse processo, pior será a qualidade do arquivo: detalhes das imagens são eliminados, e gradientes de cores perdem tons.
Mas o Google melhorou o processo com um novo modelo psicovisual que adota um algoritmo de busca e "aproxima a percepção de cor e os mascaramentos visuais de uma forma mais detalhada e minuciosa do que seria possível com simples transformações de cores e transformadas discretas de cosseno". Segundo os pesquisadores, 75% das pessoas preferiram a compressão do Guetzli em detrimento do libjpeg.
Veja se você concorda com elas (imagens originais à esquerda, libjpeg no centro e Guetzli à direita):
